Postagem do MTST gera polêmica e revolta nas redes sociais, “Bandido bom é bandido morto”; entenda o caso
O MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, afirmou neste sábado (30) que houve “falta de interpretação da imagem e da mensagem” da sua postagem sobre Jesus crucificado. Na publicação de 6ª feira (29), Cristo aparece ao lado da frase “Bandido bom é bandido morto”. Políticos alinhados à direita criticaram o post.
Após causar grande repercussão negativa nas redes sociais, internautas, influenciadores, religiosos e políticos se posicionaram em suas redes. A frase foi entendida como uma provocação, já que parte da direita brasileira defende a eliminação de criminosos como solução para o problema da segurança pública que atinge todo o País. O pré-candidato Guilherme Boulos não integra mais o quadro do movimento do qual foi liderança por mais de duas décadas, mas tem a imagem atrelada ao MTST.
O movimento indica a leitura da passagem bíblica Lucas: capítulo 23 para “ajudar” na leitura correta da postagem. O trecho em questão fala do momento em que Jesus é sentenciado à morte mesmo sem ter cometido crime.

Figuras como o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificaram a publicação como um desrespeito e um ataque à fé cristã, principalmente por ter sido postada na 6ª Feira Santa.
Também foi associada ao deputado e pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP), que é filiado ao movimento. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a candidatura do congressista foi “enterrada” depois da publicação.
O arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer recriou a legenda da imagem de postagem: “Verdadeiramente, este homem era o filho de Deus”.